quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Tecnologia de rastreamento dos olhos rompe limitações de doenças degenerativas


Ainda não somos imortais. Talvez nunca sejamos. Mas ao menos o ser humano tem vencido algumas batalhas contra doenças e seus efeitos debilitantes através do uso da tecnologia. Recentemente, o diretor de redação do jornal O Globo, Rodolfo Fernandes, mostrou que mesmo paralisado e teoricamente incomunicável, resultado de uma doença degenerativa, é possível manter-se produtivo com o auxílio de equipamentos e softwares especiais, como rastreadores oculares.


Em 2009, Fernandes foi diagnosticado como portador de esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença que degenera neurônios motores e, consequentemente, atrofia os músculos. Nos últimos meses, ele estava impossibilitado de falar e usava um equipamento que captava o movimento de seus olhos. Ligado a um computador rodando um editor de texto, o rastreador permitia que ele se comunicasse por texto e até enviasse e-mails.


O sistema permitiu que Fernandes comandasse a redação do jornal até a véspera de sua morte, no final de agosto. Os primeiros equipamentos foram desenvolvidos ainda nos anos 80 e hoje são amplamente usados na interação entre homens e máquinas, especialmente no caso de usuários tetraplégicos ou pacientes vítimas de doenças neurológicas. Com a tecnologia, é possível interagir com todo tipo de aplicativos de computador, como editores de texto e controles de veículos, assim como cadeiras de rodas elétricas e membros eletromecânicos. Outras aplicações incluem sistemas para desenho industrial, jogos eletrônicos, cirurgias e até marketing.

Fonte: Uol.com

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